Guia de Bolso

Startups, fintechs e agronegócio

Não é de hoje que as novas tecnologias têm ajudado agricultores, pecuaristas e outros produtores rurais a terem melhores resultados. A novidade é que as startups e fintechs voltadas ao desenvolvimento do agronegócio têm ganhado cada vez mais relevância no país e já formam um novo nicho de mercado.

Segundo um estudo realizado em 2018 pelas consultorias KPMG e Distrito, já existem pelo menos 135 empresas desse tipo no Brasil. Muitos especialistas acreditam, inclusive, que os avanços trazidos pela aplicação dessas novas tecnologias contribuíram para o aumento da participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (de 19% para 23%) nos últimos cinco anos.

Quer saber mais sobre essas startups e fintechs, descobrir os desafios que enfrenta o setor e conhecer alguns bons exemplos? Acompanhe a seguir.

 

Agritechs, agrotechs ou agtechs?

A denominação varia de acordo com o autor ou especialista que fala sobre o assunto. Alguns chamam as startups e fintechs voltadas para o agronegócio de agrotechs. Alguns dizem agritechs e outros, agtechs. Mas todos concordam com a relevância dessas empresas para a evolução do agro no país.

Como comenta André Luiz Monaretti da KPMG Agronegócios, “a busca por inovação não é só uma prioridade, mas uma necessidade em um ambiente econômico altamente complexo e de crescente pressão por parte dos consumidores, governos e reguladores, que demandam mais eficiência, controle, rastreabilidade e sustentabilidade.”

As startups e fintechs dedicadas ao agro procuram, justamente, fazer frente a esse desafio, desenvolvendo ferramentas voltadas à agricultura de precisão, drones para controle de plantações, aplicativos de pagamentos eletrônicos exclusivos para leilões rurais e plataformas de monitoramento agrícola. Isso só para destacar algumas das soluções já criadas.

 

NITA: um bom exemplo

Um fator fundamental para o sucesso das agrotechs é que elas consigam ter contato com os produtores rurais para comercializar seus produtos. Por outro lado, os produtores rurais também precisam tomar conhecimento das tecnologias já desenvolvidas para considerar os benefícios de sua aplicação.

Contudo, esse intercâmbio de contatos entre agritechs e produtores rurais, geralmente, supõe um desafio para ambas as partes. Mas já existe um bom exemplo de como esse obstáculo pode ser enfrentado: o Núcleo de Inovação Tecnológica para a agricultura familiar (NITA).

Surgido a partir de negociações entre o governo do estado de Santa Catarina e o Banco Mundial, o NITA é uma organização integrada por instituições públicas e privadas, que tem por objetivo aproximar as startups e as pequenas e médias empresas desenvolvedoras de inovações dos agricultores familiares e dos pescadores artesanais. A organização faz isso por meio de uma plataforma online. Vale a pena conhecer.

 

Melhoria da conexão nas áreas rurais

Segundo a pesquisa Hábitos do Produtor Rural, realizada pela Associação Brasileira de Marketing e Agronegócio (ABMRA), de cada 10 agricultores brasileiros, sete acessam a internet e 97% deles são usuários do WhatsApp e do Facebook.

Contudo, a conexão online nas áreas rurais, muitas vezes, ainda é precária. O sócio-diretor da startup SP, Francisco Jardim, opina que “as transformações que estão acontecendo no campo andariam mais rápido se houvesse infraestrutura adequada.”

Nesse sentido, cabe destacar o relevante papel desempenhado pelas cooperativas de infraestrutura, que atuam principalmente no interior do país e costumam gerar grande impacto social e econômico nas regiões onde estão implantadas. As cooperativas de eletrificação rural, por exemplo, levam energia elétrica para mais de 4 milhões de brasileiros. E as cooperativas de telefonia rural também merecem menção, por permitir o acesso digital em locais onde as companhias tradicionais não chegam.

 

O papel das cooperativas

É verdade que, nessa missão de levar mais tecnologia para o agronegócio, as cooperativas de infraestrutura não são as únicas contribuintes. Também é preciso citar as cooperativas de crédito, que em 564 municípios brasileiros são as únicas instituições financeiras disponíveis e permitem o acesso ao crédito a milhares de produtores rurais.

Além disso, você sabia que um dos maiores financiadores do agronegócio no estado de Santa Catarina é o Sicoob – maior sistema cooperativo financeiro do Brasil? Então, se você pensa em investir seu dinheiro, uma boa dica é considerar as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) oferecidas pelo Sicoob, uma aplicação para fazer seu dinheiro render mais e apoiar o desenvolvimento rural do país.

E não poderíamos deixar de comentar, é claro, sobre as cooperativas agropecuárias. Afinal, quase metade de tudo que é produzido no campo brasileiro, atualmente, passa de alguma forma por uma cooperativa.

Unidos em cooperativas agropecuárias, os produtores ganham escala, trocam experiências e têm mais acesso a novas tecnologias. Algumas cooperativas agropecuárias, inclusive, fazem parcerias com startups e fintechs voltadas para o agronegócio, a fim de conseguirem melhores resultados para todos. Aliás, quanto mais gente coopera, mais desenvolvimento a gente alcança em todas as áreas.

 

Sicoob

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