Quando vale a pena antecipar a restituição do I.R.?

O prazo para declaração já começou, mas as restituições só iniciam em junho.

Guia de Bolso | 05 de abril de 2017
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No dia 2 de março, foi aberto o prazo para entrega da declaração de ajuste anual do Imposto de Renda Pessoa Física 2017. Até 28 de abril, os contribuintes poderão prestar contas ao Fisco, usando o programa de computador da Receita ou o aplicativo para dispositivos móveis, tablets e smartphones.

Neste ano, a declaração do Imposto de Renda teve algumas mudanças, como a redução da idade mínima de 14 para 12 anos na apresentação de CPF como dependente. Além disso, houve a incorporação do Receitanet, programa usado para transmitir a declaração a outro programa que gera o documento. Mas quem já tem o programa do ano passado instalado não precisa fazer novo download. A atualização é automática.

De qualquer forma, os prazos para restituição do Imposto de Renda continuam sendo, como habitual, somente entre junho e dezembro. São sete lotes de restituição. Quem entrega a declaração antes tem mais chances de receber a restituição primeiro.

Agora, caso você precise desse dinheiro antes, será que vale a pena pedir a antecipação da restituição em uma instituição financeira? A resposta a essa pergunta vai depender da sua necessidade ou objetivo financeiro.

– Antecipe a restituição para pagar dívidas com altos juros

De acordo com especialistas financeiros, o caso mais recomendável para pedir a antecipação da restituição junto a uma instituição financeira é quando você tem dívidas com juros mais altos a pagar.

Por exemplo, se você tem dívidas no cheque especial (13% ao mês aprox.) ou no rotativo do cartão de crédito (15% ao mês aprox.), antecipar a restituição para quitar essa(s) pendência(s) pode ser um benefício. Afinal, os juros por essa modalidade de antecipação estão em torno de 2% a 5% ao mês, bem menores que os de cheque especial ou crédito rotativo, podendo ser uma medida para desafogar seu orçamento.

Porém, não costuma valer a pena pedir a antecipação para fazer investimentos. Afinal, no caso do I.R., não há cobrança de taxas de custódia ou de administração nem de Imposto de Renda sobre o ganho. O contribuinte já recebe o imposto cobrado a mais com remuneração baseada na taxa Selic. Então, apesar da restituição não ser oficialmente uma aplicação, há um rendimento embutido, geralmente superior ao que se teria pedindo a antecipação para realizar um investimento.

– Ao que você deve se atentar

Quem opta por pedir a antecipação de sua restituição do I.R. precisa fazer uma boa pesquisa entre as instituições financeiras e também manter um bom planejamento para pagamento da antecipação.

Afinal, antecipar a restituição é fazer um empréstimo com garantia (por isso os juros são mais baixos). Mas o contribuinte corre o risco de cair na malha fina e só receber a restituição quando regularizar a situação, sendo necessário pagar juros à instituição financeira enquanto isso.

O educador financeiro Reinaldo Domingos comenta: “Às vezes, a pessoa faz tudo corretamente, como manda o manual, e, assim mesmo, vai parar na malha fina. Isso acontece, por exemplo, quando a fonte pagadora fornece à Receita uma informação diferente da qual liberou para o colaborador”. Por isso, é preciso ter muita atenção na hora da preencher a declaração.

Outra dica ao pedir a antecipação é ficar atento ao Custo Efetivo Total (CET) cobrado por cada instituição financeira. As taxas de juros não são as únicas diferenças entre uma instituição e outra. E você não necessariamente precisa pedir a antecipação na instituição financeira com que já tem relacionamento. Pode e deve pesquisar bem até encontrar a situação mais vantajosa para você.

– Considere as cooperativas financeiras como alternativas aos bancos

Entre as opções que você tem para pedir a antecipação do Imposto de Renda estão também as cooperativas financeiras (ou cooperativas de crédito), que são instituições financeiras com produtos e serviços similares aos de um banco comum.

Só que, em uma cooperativa, todos são associados, com os mesmos direitos e deveres, podendo participar da gestão da instituição e das sobras, quando houver.

A questão é que cooperativas financeiras não visam lucro como os bancos comuns, mas sim o benefício de todos os cooperados. Portanto, podem cobrar taxas e juros bem menores por produtos e serviços financeiros.

Inclua em sua pesquisa de preços as taxas cobradas por cooperativas financeiras e compare. Essa pode ser uma boa alternativa para antecipar sua restituição de Imposto de Renda com um custo menor e, ainda, ter acesso a outros benefícios que só uma cooperativa pode oferecer.

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