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Anunciado em fevereiro pelo Banco Central do Brasil (BC ou BACEN), com implantação efetiva prevista para novembro deste ano, o Pix – novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas – já está dando o que falar. E esse parece ser somente o início da transformação das transações financeiras que se pretende operar no país.
João Manoel Pinheiro de Mello, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BACEN, comenta que a expectativa é que, com o Pix, haja mais competição de mercado e inclusão de pessoas, além de maior facilidade nas transações e menor custo para o usuário.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirma ainda que esse novo sistema está inserido “em um contexto de inovações que está por vir”.
Quer saber mais sobre as funcionalidades do Pix e entender como isso pode beneficiar a você e a outros brasileiros? Confira a seguir:
Como vai funcionar
O novo sistema de transações eletrônicas permitirá aos usuários realizarem pagamentos via QR Code, transferências entre contas PF e/ou PJ, assim como pagamentos ao governo (GRU, impostos, etc.).
Com o Pix, essas operações poderão ser feitas instantaneamente, em qualquer dia da semana (incluídos sábado e domingo), durante as 24 horas do dia. Uma alternativa aos modelos já existentes, como DOC e TED.
Bancos tradicionais, cooperativas financeiras e fintechs poderão aderir ao Pix e disponibilizá-lo para uso em seus aplicativos de celular, assim como em caixas eletrônicos e pelo internet banking. Com isso, a integração entre os agentes do mercado deve ser um dos principais diferencias desse novo sistema. Saiba mais sobre o tema no tópico a seguir.
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Quem vai poder usar
O diretor do BACEN, João Manoel Pinheiro de Mello, explica que, inicialmente, estão obrigadas a aderir ao Pix as instituições financeiras que têm mais de 500 mil contas de clientes ativos.
Dessa forma, a partir de 16 de novembro, o novo sistema deve ser disponibilizado para mais de 90% das contas transacionais brasileiras.
Mas é importante ressaltar que as instituições financeiras com menos de 500 mil contas ativas também podem optar por aderir ao Pix.
“Nosso objetivo aqui é prover serviço público, uma plataforma para que agentes privados compitam e sejam provedores de serviços de alta qualidade a custos competitivos para os usuários finais”, comenta o diretor do BC.
Mello ainda acrescenta que o novo sistema “facilita a entrada de novos atores porque é plataforma neutra, é a mesma para todo mundo”.
Tecnologia e segurança
“O projeto vai ser o embrião do que eu acredito que seja uma transformação total na intermediação financeira futura do país” – opina Campos Neto, presidente do BC – “e vai unir o que a gente entende como a nova forma de meios de pagamento com a nova indústria de fintech e com o open banking”.
Enquanto isso, Mello destaca que “esse novo meio de pagamento, inserido em um ambiente aberto, competitivo e seguro, trará mais eletronização e eficiência ao mercado de pagamentos de varejo, permitindo desenvolvimento de soluções focadas na experiência do cliente e que permitam mais inclusão”.
Planos para o futuro
De acordo com o chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Carlos Eduardo Brandt, “além das funcionalidades que estarão disponíveis em novembro, já estão no radar evoluções importantes como o pagamento por aproximação”.
Outra inovação deve ser a possibilidade de fazer transferências financeiras pelo Pix inserindo apenas o valor e o número de celular do destinatário. Nesse caso, o próprio sistema carregará automaticamente outros dados necessários (como o número da conta bancária do beneficiário).
O presidente do BACEN acrescenta: “Acreditamos que a intermediação financeira vai transformar o custo de pagamentos no Brasil e acreditamos que com esse sistema, junto com outros que estão por vir, unificando-se ao longo de 2021, nós vamos ter uma diferenciação na forma de fazer as transações financeiras no Brasil”.
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Principais diferenciais do Pix:
- Pagamentos e transferências instantâneos;
- Funciona 24h, 7 dias por semana;
- Integração entre os agentes do mercado (instituições financeiras, pessoas físicas, empresas e governo);
- Novas funcionalidades tecnológicas já previstas.
