Nem capitalismo nem comunismo. O cooperativismo é um modelo socioeconômico alternativo que surgiu na Inglaterra, em plena Revolução Industrial, como resposta às necessidades de um grupo. Ou seja, um modelo que já surgiu a partir de uma preocupação e consciência social.
E não se trata apenas de um modelo economicamente eficiente. O cooperativismo tem ido além e provado sua importância no combate às desigualdades, desempenhando papel fundamental na inclusão social e econômica e no desenvolvimento sustentável do planeta.
Não é à toa que, desde sua origem, em 1844, na Inglaterra, o cooperativismo já se difundiu por todos os continentes e, hoje, conta com mais de 1 bilhão de membros e clientes em todo o mundo.
Confira, então, 5 lições importantes que o cooperativismo pode nos ensinar:
Cooperar, certamente, é a primeira e principal lição do cooperativismo, o próprio nome já diz.
Cooperação é toda ação conjunta para atingir um objetivo comum. E cooperar faz parte do ser humano e da nossa vivência em sociedade. Cooperando, juntamos forças para alcançar propósitos maiores.
O cooperativismo aposta nisso; na união, na construção em parceria, na soma de competências para conquista de resultados maiores, assim como na partilha e no benefício comum.
Diferente do modelo capitalista que visa o privilégio de um pequeno grupo, as cooperativas têm gestão democrática. As decisões são tomadas por votação, sendo que todos os cooperados têm o mesmo poder de voto, independente de suas posses.
Para quem está acostumado a hierarquias rígidas e concentrações de poder, a ideia pode parecer meio confusa a princípio. Mas o funcionamento do modelo pode ser comprovado pelas mais de 2,6 milhões de cooperativas em todo o mundo.
Para começar, cooperativas são instituições de associação livre e voluntária, sem discriminação social, racial, política, religiosa ou de gênero.
Além dessa diretriz básica em sua formação, as cooperativas atuam de forma a promover a inclusão social e econômica. Exemplo disso é a inclusão financeira oportunizada pelas cooperativas de crédito que atuam em cidades onde não há bancos. Ou as cooperativas de infraestrutura que distribuem energia a milhares de brasileiros que vivem onde as concessionárias tradicionais não chegam.
Com políticas e ações assim, o cooperativismo aumenta a inclusão e favorece a diminuição das desigualdades.
Educação, Formação e Informação é um dos princípios do cooperativismo. A própria continuidade e difusão do modelo cooperativista se dá por meio do incentivo à educação, formação e informação.
E não apenas os cooperados são alvos de ações de instrução, conhecimento e cultura, como também a comunidade.
As cooperativas mantém, inclusive, um fundo específico destinado ao incentivo de ações socioeducativas – o Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social.
O Interesse pela Comunidade é outro dos princípios do cooperativismo. As cooperativas devem respeitar as peculiaridades sociais e a vocação econômica do local onde estão instaladas. E têm um compromisso com o desenvolvimento de sua região.
Por isso, são variados os exemplos de ações humanitárias e socioambientalmente sustentáveis desenvolvidos e/ou apoiados por cooperativas, bem como o desenvolvimento de soluções de negócios adequadas às necessidades locais.
Além disso, as cooperativas retém os recursos em sua comunidade, favorecendo uma melhor distribuição de renda e colaborando, assim, para o desenvolvimento geral.
Conheça o maior sistema cooperativo financeiro do país, o Sicoob.
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