Guia de Bolso

O que podemos aprender com grandes erros da nossa história

Você provavelmente deve ter ouvido falar dos rompimentos de barragens que aconteceram em Mariana, em 2015, e em Brumadinho, no início deste ano. Agora, você já parou para pensar no que você também pode aprender com acontecimentos assim?

Talvez, mais importante do que determinar os responsáveis por esses episódios, seja refletir sobre as lições que todos nós podemos tirar de situações como essas.

Afinal, aprender com nossos próprios erros é fundamental. Mas aprender com os erros dos outros também pode ser muito proveitoso. Concorda? Então, confira:

 

Itabirito, Mariana e Brumadinho

Sabia que o Brasil é um dos maiores exportadores de minério do mundo? Segundo o mais recente Anuário Mineral Brasileiro do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), existem 187 minas em produção no país.

Os resíduos sólidos gerados na extração de minérios que é feita nessas minas são armazenados nas barragens de rejeitos de mineração. Em todo o território nacional, existem, atualmente, 769 barragens desse tipo.

Desse total, mais da metade (425 barragens) está incluída na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) – que é aplicada às estruturas consideradas de maior risco. Entre estas, 220 encontram-se no estado de Minas Gerais.

Aliás, apenas nos últimos cinco anos, o estado sofreu com o rompimento de três dessas barragens (Itabirito, 2014; Mariana, 2015; Brumadinho, 2019); desastres que resultaram em perdas humanas e/ou em graves danos ambientais, afetando também a estados vizinhos.

Apesar de similares, os episódios de Itabirito, Mariana e Brumadinho tiveram causas e efeitos distintos. Mas cada um deles nos permite aprender alguma lição. Vejamos:

 

Cada decisão faz diferença

No caso do mais recente rompimento de barragem de mineração, em Brumadinho, vários questionamentos ainda são feitos. Há quem aponte inconsistências no processo de licenciamento ambiental da barragem. Há quem fale de problemas técnicos no Estudo de Impacto Ambiental da área. Há quem comente sobre a ampliação da capacidade produtiva da mina correspondente.

A questão talvez seja reconhecer que várias pessoas e entidades estiveram envolvidas nos processos decisórios que acabaram resultando na tragédia de Brumadinho.

Pensando sobre isso, talvez seja mais fácil tomar consciência sobre a importância de cada uma das nossas decisões. Todos nós estamos sempre tomando decisões e fazendo escolhas. Até quando optamos por não decidir algo, trata-se de uma escolha. E é primordial perceber que cada uma das decisões e escolhas que fazemos são acompanhadas de diversas consequências.

Usando as palavras do profissional de coaching John Withmore: “eu só posso controlar aquilo de que tenho consciência. Aquilo de que não tenho consciência me controla. A consciência me fortalece.”

 

Deixar para amanhã pode piorar o problema

Quando a barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu, em 2015, a estrutura estava justamente passando por um processo de alteamento. Ou seja, o aterro de contenção estava sendo elevado, uma vez que o reservatório já chegava ao seu limite.

Em 2014, no município de Itabirito, a situação foi similar: após a lotação da barragem B1, a empresa responsável começou a construir a barragem B4. Porém, esta última apresentou um problema e a empresa voltou a depositar resíduos na barragem B1, levando ao rompimento da mesma.

Esses dois casos podem servir de alerta para as nossas atitudes diante dos problemas, ensinando-nos que, se o problema é evidente ou o risco é eminente, o melhor é agir com antecedência.

Em outras palavras, não se trata apenas de não deixar para amanhã o que podemos fazer hoje (ou poderíamos ter feito ontem), mas de perceber que resignar-se diante de um problema pode agravar a situação.

Fazendo um leve contraponto, é verdade que não vale a pena viver preocupado com conjecturas (pensando no que pode ou não acontecer), mas se o problema já existe, é melhor lidar com ele o quanto antes.

 

Nossas ações influenciam a natureza, que nos influencia

Em 2014, uma parte do rio Itabirito foi contaminada por rejeitos de minérios provenientes da barragem B1. Em 2015, o rompimento da barragem em Mariana provocou uma enxurrada de lama que inundou vilarejos próximos e, além dos danos à infraestrutura, causou danos aos ecossistemas marinho e do Rio Doce. Já este ano, em Brumadinho, além dos impactos ambientais, foram registrados também muitas vítimas.

Os exemplos são superlativos. Mas podem nos ajudar a enxergar como nossas ações têm efeitos para todos, tanto para os que nos rodeiam, quanto para a natureza. É importante, inclusive, que estejamos conscientes do impacto ambiental de pequenas atitudes.

Afinal, nós influenciamos a natureza, mas ela também nos influencia. Exemplo claro dessa relação recíproca é o impacto no abastecimento público de água causado pela tragédia de Brumadinho. Vale a pena ficar atento a lições como essas.

 

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