IPTU e IPVA: pagar à vista ou parcelar?

Descubra que forma de pagamento é melhor para cada situação financeira.

Guia de Bolso | 20 de janeiro de 2016
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IPTU e IPVA: pagar à vista ou parcelar?
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IPTU e IPVA: pagar à vista ou parcelar?
IPTU e IPVA: pagar à vista ou parcelar?

Com o início do ano, tem início também o pagamento de diversos tributos, como IPTU e IPVA, além de seguros, matrículas e outras dívidas. Qual a melhor forma de quitar as contas sem comprometer seu orçamento? Compensa mais pagar à vista ou parcelar? E se já existirem outras dívidas, o que fazer?

Em um ano de tamanha incerteza econômica e política, essas dúvidas podem ser ainda maiores. Então, antes de decidir a melhor forma de pagamento, analise alguns pontos:

Se você tem dinheiro guardado na poupança ou aplicado em CDB.

A primeira pergunta é: você tem mais dinheiro guardado do que o necessário para pagar à vista as contas de começo de ano? Se as suas economias só são suficientes para quitar as dívidas e nada mais, talvez seja melhor pensar em um parcelamento curto, para não ficar sem reservas em um ano que promete ser tão conturbado economicamente.

Agora, se suas reservas são superiores ao valor das dívidas de início de ano, vale a pena analisar uma segunda questão: o desconto para pagamento à vista é superior ao rendimento das suas aplicações? Para quem tem dinheiro aplicado em poupança ou CDB (com rendimentos médios entre 0,5 e 0,8% a.m.), a resposta geralmente é positiva, já que os juros embutidos no parcelamento de impostos como IPTU e IPVA (em média, entre 1 e 3%) costumam ser maiores que o rendimento dessas aplicações.

Tem na poupança mais dinheiro do que o necessário para pagar à vista as contas de início de ano? Essa pode ser a melhor opção.

Além disso, você evita o risco de esquecer e ter que pagar multa por atraso. Para Marcos Crivelaro, professor da Fiap, "até fevereiro, muita gente está viajando e não é difícil esquecer o pagamento".

Se você tem dinheiro investido em fundos de maior rendimento.

Seguindo a mesma lógica explicada anteriormente, se os descontos para pagamento à vista forem inferiores ao rendimento das suas aplicações, compensa mais deixar seu dinheiro aplicado e ir pagando as contas com os rendimentos.

Em alguns casos, é preciso considerar também os impostos cobrados pelo resgate do fundo e a carência. De acordo com Marcela Kawauti, economista do SPC Brasil, "Se o dinheiro está aplicado numa previdência, por exemplo, que tem caráter de longo prazo, o resgate precoce pode levar a um pagamento de imposto de renda maior, o que pode anular o benefício do desconto”.

Então, depende do tipo de investimento que você tenha.  Analise bem taxas de juros e de retorno, além de impostos e carências, para tomar a melhor decisão.

Se você não tem dinheiro guardado, mas também não tem dívidas.

No início do ano, é comum que bancos e financeiras ofereçam financiamentos para pagamento das contais usuais dessa época. Já parou para pensar se compensa mais pegar o financiamento para quitar tudo à vista ou pagar parcelado mesmo?

A resposta vai depender da conta. É preciso comparar os juros cobrados pelo parcelamento da conta com os juros cobrados pelo financiamento para quitá-la. Compensa o que tiver valor menor. Por exemplo, se você paga 1% de juros ao mês para parcelar seu IPTU (essa porcentagem varia de estado para estado), enquanto os juros do financiamento no banco variam entre 2,5 e 3,5% ao mês, compensa mais pagar o imposto parcelado.

Mas se, em outro exemplo, seu IPVA tem juros de 3% ao mês para parcelamento (também varia por região de emplacamento) e você tem acesso a crédito consignado (com juros médios de 1,5% ao mês), compensa mais pegar o crédito para pagar a dívida à vista.

Se você já possui outras dívidas.

Tem dívidas no cartão ou no cheque especial? Os juros cobrados por essas modalidades estão entre os maiores do mercado. E de qualquer forma, acumular dívidas nunca é uma boa ideia. Para começar a se organizar, o ideal é tentar trocar taxas maiores por menores, tanto em se tratando das contas que acumularam como também no caso das novas cobranças de início de ano.

Tente substituir todas as dívidas por outra com juros menores. Para quem tem acesso ao crédito consignado, por exemplo, essa pode ser uma ótima opção, com alguns dos menores juros do mercado (em média, 1,5% ao mês).

Um empréstimo pessoal também pode ser uma alternativa, se tiver juros menores do que os que você anda pagando para saldar suas dívidas. Para conseguir taxas mais competitivas, uma boa dica é ficar atento às vantagens oferecidas por cooperativas financeiras, que não visam lucro e chegam a cobrar até 20% menos pelos mesmos produtos e serviços de um banco comum. Conheça o maior sistema cooperativo de crédito do país, o Sicoob.

Empréstimo mais barato? Procure as cooperativas financeiras.

ATENÇÃO: algumas dicas valem para o ano inteiro.

Seja para as contas de início de ano ou para as demais, é preciso manter um controle. Para quem não costuma acompanhar seus gastos com frequência, abusar dos parcelamentos pode não ser uma boa ideia.

Segundo o economista Luiz Rabi, do Serasa Experian, pode valer a pena pagar à vista as compras mais baratas e parcelar as mais caras (desde que os juros do parcelamento não sejam muito elevados).

Além disso, o economista ainda alerta que é importante que a soma das parcelas assumidas em diversas compras não ultrapasse 20% da sua renda mensal. Planeje-se bem para não se assustar com o valor da fatura do cartão nem ficar devendo no cheque especial. E ainda é preciso se ater ao plano de pagamentos mensais, para que o atraso nas parcelas não incorra no pagamento de juros.

DICA EXTRA:

Comece a se planejar para o próximo ano.

Aproveite que gastos como IPTU, IPVA e seguros costumam ter valores previsíveis e comece a se planejar desde já para os pagamentos do próximo ano. Marcela Kawauti, do SPC Brasil, sugere que o consumidor vá separando todo mês um determinado valor, em uma conta poupança a parte, para não cair na tentação de gastar o dinheiro com outras finalidades. Assim, é possível juntar, aos poucos, o valor total para pagamento dos compromissos, de forma a começar o novo ciclo com mais tranquilidade.

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