Financiamento de veículos: 5 dicas para economizar

Como gastar menos e encaixar o financiamento do carro ou moto no seu orçamento?

Guia de Bolso | 06 de setembro de 2018
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Financiamento de veículos: 5 dicas para economizar
Financiamento de veículos: 5 dicas para economizar

A baixa nos juros e a estabilidade da inflação está encorajando muitos brasileiros para a compra de veículos novos. E o financiamento (CDC) continua sendo a modalidade mais procurada pelos compradores de automóveis e comerciais leves.

Prova disso é que, este ano, a produção nacional de veículos cresceu, assim como a liberação de crédito para a compra de veículos zero. Só nos cinco primeiros meses de 2018, os bancos de montadoras e as instituições financeiras liberaram R$ 49 bilhões em operações de financiamento de automóveis (R$ 48,3 bi) e de leasing (R$ 755 mi) – montante que é 30% maior do que o registrado em maio de 2017, segundo a Associação Nacional de Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).

Ainda assim, para financiar um veículo com mais economia e sem inconvenientes, vale a pena conferir estas 5 dicas essenciais:

 

1 - CDC, Leasing ou consórcio?

Antes de optar realmente por um financiamento, é bom conhecer as opções que você tem, certo?! Então, veja só:

Entre as modalidades de compra de veículos a prazo, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é o tipo mais comum. Trata-se do financiamento usualmente feito por instituições financeiras públicas ou privadas. Os valores são negociados de acordo com o salário do comprador e o automóvel fica alienado à instituição financeira enquanto durar a operação, mas registrado no nome do comprador.

Já o leasing pode ser comparado a um aluguel com opção de compra. Quer dizer, você faz um contrato de arrendamento para usar o veículo enquanto paga as parcelas, mas o automóvel fica alienado à empresa de leasing e registrado no nome dela. Ao final do contrato de arrendamento, você decide se quer terminar de comprar o veículo ou não. A vantagem é que as operações de leasing não têm incidência de IOF.

O consórcio é a opção mais barata de compra de veículos a prazo, pois não conta com incidência de impostos. Mas não é indicado para quem deseja ter o automóvel de imediato. Afinal, em um consórcio você passa a fazer parte de um grupo de pessoas que pretendem adquirir um bem e que contribuem mensalmente para isso. Mas só alguns integrantes do grupo são sorteados ou têm seus lances contemplados a cada mês. Ou seja, o consórcio é vantajoso para quem não tem pressa de adquirir seu carro ou moto.

 

2 - Para economizar dinheiro, gaste tempo pesquisando

Quando se trata de promoções, é bom não se deixar levar pela aparência. As ofertas são feitas exatamente para encantar o consumidor. Portanto, fique atento. Não deixe de ler as letras miúdas que estão por trás de uma taxa zero, por exemplo.

Outro ponto a observar é que o valor do financiamento de um veículo não inclui apenas os juros cobrados pela instituição financeira ou pelo banco da montadora. Também pode englobar tarifas, seguro, IOF, serviço de despachante, gravame eletrônico (registro de financiamento no Detran), etc.

Por isso, é importante ficar atento ao custo efetivo total (CET) da operação. Não se baseie apenas em simulações de internet. Consulte várias instituições financeiras. Pesquisar, fazer as contas e comparar o CET de cada oferta pode ajudar você a economizar na hora de comprar seu carro ou sua moto.

 

3 - Incluir as cooperativas financeiras em sua pesquisa pode ser vantajoso

Cooperativas financeiras (ou cooperativas de crédito) são instituições que oferecem produtos e serviços similares aos de bancos tradicionais (contas, crédito, financiamento, investimentos, etc.). Só que as cooperativas não visam ao lucro e, por isso, podem cobrar taxas de juros bem menores.

Além do mais, em uma cooperativa, você não é apenas um cliente, é um dos donos do negócio, já que precisa associar-se para operar com a cooperativa. Mas isso também pode ser vantajoso, uma vez que você ganha o direito de opinar sobre as políticas da instituição (com poder de voto igualitário) e ainda pode receber parte das sobras, caso a cooperativa tenha resultados positivos.

Ou seja, quando você inclui as cooperativas em sua pesquisa, pode encontrar menores taxas para financiar seu veículo e ainda pode descobrir uma forma mais vantajosa de administrar seu dinheiro. Saiba mais aqui e aqui.

 

4 - As melhores condições são as que combinam com seu orçamento

Um financiamento com prazos esticados e parcelas mais curtas é o que a maioria dos compradores quer. Mas é preciso lembrar que, em geral, quanto mais parcelas, maior fica o custo total do veículo. Então, vale reforçar a importância de conferir o CET de cada operação, para você saber quanto pagará realmente a cada ano e ao final do financiamento.

Também é fundamental que você analise seu orçamento previamente para planejar como as parcelas do financiamento vão se encaixar nos seus gastos mensais. Analise suas despesas, faça as contas, considere diferentes prazos e parcelas, compare. Se necessário, poupe dinheiro por algum tempo antes de se decidir pelo financiamento.

 

5 - Pense nos custos além do financiamento

IPVA, licenciamento, combustível, manutenção… os gastos com um carro ou uma moto vão muito além do financiamento. E é bom pensar nisso antes de comprar. Aliás, é importante que você se planeje também para esses custos.

Quer dizer, além de verificar se as parcelas do financiamento do veículo cabem no seu bolso, lembre-se que um automóvel novo aumenta as despesas mensais. Para o educador financeiro José Vignoli, “em qualquer situação, é preciso ser cauteloso e refletir sobre a própria situação, as perspectivas e a existência ou não de uma reserva.”

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Foto: IStock

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