Cooperativismo: um diferencial para o sucesso de startups

Descubra por que cooperar pode ser o segredo para o seu negócio dar certo.

Vantagens da Cooperação | 20 de abril de 2016
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As startups, assim como as micro e pequenas empresas, passam por diversos desafios para alcançar o sucesso. Entre as possíveis ameaças sofridas por esse tipo de empresas estão as quedas de mercado, a concorrência, os distribuidores e fornecedores não confiáveis, etc. Mas a observação atenta a algumas posturas e práticas pode ajudar em uma organização interna mais eficiente e impulsionar o desenvolvimento de startups e outras empresas que ainda estão decolando. Veja só:

1 - Cooperar para crescer

O modelo capitalista geralmente propõe uma postura competitiva como forma de alcançar o crescimento. Por outro lado, o modelo cooperativo propõe, como o próprio nome diz, a cooperação comum. Afinal, como mostra a sabedoria popular, duas cabeças pensam melhor que uma. E no caso do cooperativismo, ainda dividem as tarefas e as contas. Então, por que não buscar pessoas que tenham objetivos comuns e habilidades distintas para cooperarem entre si e, dessa forma, facilitar a conquista desses objetivos?

É exatamente isso que o cooperativismo propõe: uma associação de pessoas com interesses comuns para prestarem serviços entre si, visando benefícios maiores para todos. Uma cooperativa é organizada democrática e economicamente, com participação livre, bem como igualdade de direitos e deveres entre todos os associados. E pode atuar em diversos segmentos: agropecuário, consumo, crédito, habitacional, saúde, produção, informática, etc.

Cooperar entre si pode ser uma ótima alternativa, por exemplo, para empresas terem ganho de volume e maior poder de negociação. Mas as vantagens de startups trabalharem de forma cooperativa vão além disso. Acompanhe:

2 - Menos hierarquia e mais versatilidade: a gestão democrática

A maioria das startups valoriza a espontaneidade, adaptabilidade e velocidade de ação como diferenciais do seu negócio. Muitas, inclusive, não possuem uma hierarquia vertical nem um sistema burocrático de funcionamento. E essas posturas têm tudo a ver com o modelo cooperativo, que propõe uma gestão democrática, em que todos os participantes (associados) têm direito de voto (um voto por cabeça), contribuindo igualitariamente com as políticas e com a evolução da instituição.

Quando todo o grupo é estimulado a participar e contribuir com ideias e atividades pertinentes com suas habilidades, todos se sentem mais valorizados e motivados a esforçarem-se mais em prol do objetivo comum. Assim, o projeto tende a crescer.

3 - O crescimento e a autonomia de cada um

Com o desenvolvimento do projeto, a equipe e a estrutura da startup também tendem a crescer. E com isso, pode ser importante começar a definir melhor alguns cargos e funções.

Tomando como base os princípios empreendedores que podem ter originado a startup, não se trata aqui de estabelecer uma hierarquia rígida nem de exagerar na estrutura, criando camadas excessivas na cadeia de tomada de decisões, mas sim de delegar funções e de dar autonomia para que as coisas possam acontecer.

Aliás, 'autonomia e independência' é um dos princípios do modelo cooperativista. Em uma cooperativa, todos têm autonomia, podem opinar, sugerir, examinar livros e documentos, pedir esclarecimentos fiscais e administrativos, denunciar falhas, propor soluções e, se achar necessário, convocar a assembleia e defender suas ideias. Um modelo colaborativo e estimulante, que só tende a crescer ainda mais.

4 - Cooperando, a gente se entende. E aprende mais

Quando uma startup entra numa escalada ascendente, pode ser necessária a contratação de alguns especialistas que possam colaborar com essa evolução da empresa para um novo patamar.

Nesse momento da empresa, é importante que todos mantenham uma postura de modéstia e de aprendizagem contínua. Todos nós podemos aprender uns com os outros. E é isso que precisa acontecer no momento em que uma startup começa uma escalada ascendente. Jovens fundadores precisam aprender com gestores experientes recém-contratados e vice-versa.

A propósito, um dos sete princípios do cooperativismo trata exatamente da intercooperação, motivando essa atitude de união de competências e ajuda mútua dentro das cooperativas e também entre as instituições. Cooperar pode ser uma boa forma de agregar competências e abrir novas portas.

5 - Educação, formação e informação para todos

'Educação, formação e informação' é outro princípio do cooperativismo que deveria estar presente em qualquer empresa ou instituição. Incentivando a educação e formação de seus colaboradores (ou associados, no caso das cooperativas), qualquer empresa só tem a ganhar, agregando novos conhecimentos, habilidades e aptidões.

Além disso, a comunicação e a informação são pontos chave para a organização e o desenvolvimento de todo tipo de instituição. Pode ser natural a criação de turmas e grupos, mas é importante saber criar pontes entre eles. Estimular uma boa comunicação entre todas as áreas facilita a escalada da empresa para o sucesso.

6 - A melhor estratégia é criar boas estratégias

Muitas startups e microempresas orgulham-se de adotar um modelo 'ad hoc' (com soluções personalizadas para cada caso específico). No entanto, com o crescimento da empresa, para sua própria evolução, acaba se mostrando conveniente criar algumas rotinas para tratar problemas recorrentes. Não se trata necessariamente de adotar uma postura burocrática, mas sim de adotar alguns processos que já se mostraram eficazes para aumentar a eficiência da empresa.

Ou seja, para uma startup, micro ou pequena empresa fazer sucesso, é importante reservar um tempo para planejar, identificar e partilhar as melhores condutas. E nesse momento todos podem colaborar com ideias e exemplos e difundindo soluções eficazes. Além disso, colocar essas condutas e processos em prática poderá permitir à empresa alcançar maior excelência e reconhecimento.

7 - A importância da cultura e o cooperativismo como essência

Uma startup, assim como a maioria das empresas, origina-se normalmente com um objetivo e reunindo pessoas com interesses comuns. A cultura que se forma a partir daí não é apenas um aspecto importante para atrair talentos e investimentos para a startup, mais que isso, é a essência do negócio.

A missão pela qual todos se juntaram é o que deve direcionar e movimentar a empresa. Os valores do negócio devem servir de embasamento para a tomada de decisões. No início, com todos da equipe engajados e envolvidos, pode ser mais simples difundir essa cultura. Mas com o crescimento da empresa, é importante manter claras essas definições, envolvendo todos na cultura da empresa e, assim, fortalecendo-a.

Podendo contribuir para esse fortalecimento, o cooperativismo é um modelo socioeconômico que já possui alguns valores intrínsecos: os sete princípios cooperativos (adesão voluntária e livre; gestão democrática; participação econômica; autonomia e independência; educação, formação e informação; intercooperação; e interesse pela comunidade). Princípios que, como demonstramos, podem ser a chave do sucesso para seu negócio. Considere essa possibilidade.

Você já conhece o maior sistema cooperativo de crédito brasileiro, o Sicoob?

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