Vantagens da Cooperação

Cooperativismo e ciência: evoluindo juntos

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Você imagina que relação pode haver entre um modelo socioeconômico e a investigação racional do Universo? Sabia que cooperativismo e ciência têm mantido uma parceria cada vez mais produtiva? Poderíamos até dizer que se trata de uma relação de cooperação.

Para começar, desde sua origem, o cooperativismo tem, entre os seus princípios, o incentivo à Educação, formação e informação, de seus associados e da comunidade. Existem, inclusive, faculdades cooperativistas dedicadas ao ensino, pesquisa e extensão.

Além disso, eventos e investigações recentes demonstram que tem ocorrido uma aproximação ainda maior entre cooperativismo e ciência, colaborando para o desenvolvimento de ambas as partes. Saiba mais a seguir.

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Pesquisas científicas sobre cooperativismo

Em 13 estados brasileiros, 41 grupos de pesquisadores estão sendo financiados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para realizar projetos que envolvem o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação no movimento cooperativista.

A partir do edital, lançado em 2018 pelo Sescoop/CNPq, com o valor total de R$ 2,7 milhões, foram selecionados:

  • 12 projetos sobre impactos econômicos e sociais do cooperativismo;
  • 13 projetos sobre competitividade e inovação nas cooperativas;3
  • 10 projetos sobre governança cooperativa;
  • 6 projetos sobre cooperativismo e cenário jurídico.

Quanto às áreas de atuação, são:

  • 28 projetos de Ciências Sociais Aplicadas;
  • 7 projetos de Ciências Agrárias;
  • 7 projetos de Ciências Agrárias;
  • 3 projetos de Engenharias;
  • 2 projetos de Ciências Humanas;
  • 1 projeto de Ciências Exatas e da terra.

Conheça alguns dos projetos:

  • Empreendedorismo Afinado: as estratégias das cooperativas musicais brasileiras – coordenado por Simone Pereira de Sá da UFF;
  • Cooperativas de plataforma e ambiente jurídico: coordenado por Mário de Conto da Escoop;
  • Pesquisa em Cooperativismo, Economia Solidária e Desenvolvimento Rural Sustentável – coordenado por Adebaro Alves dos Reis do Instituto Federal do Pará.

O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, comenta: “Temos a certeza de que o conhecimento gerado a partir do trabalho dos pesquisadores fortalecerá bastante a atuação das cooperativas e consolidará o diálogo entre a academia e a nossa base”

A gerente-geral do Sescoop, Karla Oliveira, completa: “A ideia é que esse financiamento deixe um legado para os grupos de pesquisa e inspire novos estudos”

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Cooperativas que impulsionam a ciência

Ao mesmo tempo que a ciência apoia o cooperativismo com estudos e investigações que contribuem para o desenvolvimento do modelo, as instituições cooperativistas também incentivam a ciência.

A Faculdade do Cooperativismo (I.Coop – MG) e a Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop – RS), por exemplo, são instituições que incluem a pesquisa científica entre suas atividades.

Existem também vários casos de cooperativas que são formadas ou integradas por cientistas, como engenheiros, biólogos, agrônomos, pedagogos, cientistas sociais, etc., que fazem parte de cooperativas de trabalho, agropecuárias, educacionais, especiais, entre outras.

Em muitas situações, as cooperativas também estabelecem parcerias com instituições científicas, universidades, profissionais do conhecimento e grupos de pesquisa para a realização de projetos específicos que possam beneficiar aos seus associados e à comunidade.

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Eventos envolvendo cooperativismo e ciência

Entre 1º e 3 de abril deste ano, as regionais paraenses do Sistema OCB e do Sescoop realizaram a segunda edição da Feira de Negócios do Cooperativismo, Fencoop, cujo tema foi exatamente “Ciência e Cooperativismo: Impulsionando o Desenvolvimento Paraense”.

Além de palestras, oficinas, rodadas de negócios e apresentações culturais, o evento incluiu também o 1º Encontro Paraense de Pesquisadores do Cooperativismo e contou com a participação de representantes de universidades do Pará e do Amazonas (UFRA, UFP, IFPA e UNAMA), assim como da Universidad de Alicante (instituição espanhola).

Vale mencionar ainda que, em julho de 2019, o cooperativismo também ganhou representatividade no maior evento científico da América Latina. 

Durante a 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ivonei Scotton, superintendente da COOASGO apresentou a conferência “Panorama e Desafios do Cooperativismo no Brasil”, expondo pesquisas científicas que usaram as cooperativas como objeto de estudo, de forma a demonstrar a importância dessa prática.

De fato, quanto mais cooperativismo e ciência caminham juntos, maior parece ser o desenvolvimento para ambos. Afinal, o cooperativismo é um campo de pesquisas bastante fértil para a ciência, enquanto esta é uma fonte de conhecimento infindável para o cooperativismo.

daniele

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