Comprovado: ter conta em cooperativa ajuda a economizar

Com taxas de juros mais acessíveis, entre outras vantagens, cooperativas se destacam.

Vantagens da Cooperação | 16 de setembro de 2021
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Quem quer economizar precisa conhecer melhor as cooperativas financeiras.
Quem quer economizar precisa conhecer melhor as cooperativas financeiras.


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Os produtos e serviços são similares aos de um banco comum: contas para PF e PJ, cartões de débito e crédito, investimentos, empréstimos, financiamentos, seguros, consórcios, etc. Só que um dos grandes diferenciais das cooperativas financeiras é que elas costumam cobrar muito menos por essas soluções, e é exatamente por isso que ter conta em cooperativa ajuda a economizar.

Vale dizer que as cooperativas financeiras (também chamadas de cooperativas de crédito) são instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central. Aliás, essa autoridade monetária tem sido uma das grandes apoiadoras do cooperativismo no país, como veremos mais adiante.

A questão é que, diferente dos bancos e de outras instituições do setor, as cooperativas são formadas e controladas pelos seus associados, que são, ao mesmo tempo, usuários e proprietários da instituição, com direito a participar das decisões e também das sobras, em caso de resultados positivos.

Além disso, as cooperativas não têm fins lucrativos. Ou seja, as cooperativas não existem para gerar lucro para um grupo de acionistas. Em vez disso, a finalidade das instituições financeiras cooperativistas é prestar serviços financeiros com mais vantagens para seus associados.

São essas, aliás, algumas das razões pelas quais esse tipo de entidade costuma cobrar taxas de juros bem menores do que as de bancos comuns, contribuindo para que seus cooperados possam economizar.

Veja a seguir:

Cooperados economizaram R$ 8,3 bilhões durante a pandemia

Em abril deste ano, um levantamento realizado pelo Sicoob – um dos maiores sistemas cooperativos financeiros do Brasil – apontou que, durante o ano de 2020:

“Cada cooperado ativo, somando os benefícios da precificação mais em conta e do resultado contábil do Sistema, teve retorno médio de R$ 3,1 mil ao eleger a cooperativa como sua instituição financeira. Apenas os valores economizados na utilização dos produtos e serviços totalizaram R$ 8,3 bilhões. O cálculo foi feito com base na diferença entre os preços médios do Sicoob e os dos players do Sistema Financeiro Nacional (SFN).”

Os produtos e serviços mencionados referem-se ao cheque especial, aos financiamentos e empréstimos, assim como ao rotativo do cartão, etc.

No caso do cheque especial, por exemplo, os cooperados do Sicoob pagaram 0,78% a menos na taxa de juros mensal do que a média dos clientes de outras instituições do SFN. Levando em conta apenas essa solução, a economia para os associados do Sicoob no final do período foi de R$ 125,7 milhões.

“Embora este não seja um valor visível ao cooperado, ele é um diferencial da cooperativa, pois promove uma economia diária. E esta economia ajuda significativamente no custo de vida das pessoas ou do negócio, e também no financeiro de toda a comunidade local”, explicou Delbora Machado, diretora executiva de uma outra cooperativa diante de uma experiência similar.

Quem quiser analisar essas e outras taxas de juros do mercado, comprovando definitivamente que ter conta em cooperativa ajuda a economizar, pode também acessar o site do BC com as tabelas detalhadas das taxas de juros cobradas por cada instituição financeira de acordo com a modalidade de crédito oferecida.

Leia também Cooperativas de crédito são instituições financeiras seguras?

Empresas também podem aproveitar

“Uma opção interessante para o empreendedor que pretende usar a conta empresarial como um meio para se desenvolver são as cooperativas de crédito, que oferecem soluções financeiras de acordo com as necessidades dos associados. Essas instituições utilizam seus ativos para financiar os próprios associados e mantêm os recursos nas comunidades onde eles foram gerados. Dessa forma, as cooperativas conseguem oferecer mais flexibilidade e condições atrativas em relação à maioria dos bancos tradicionais.”

Essa afirmação faz parte do artigo "Empresas podem economizar com conta corrente em cooperativa de crédito e crescer de forma sustentável" publicado pela Fecomércio-SP em 05/04/2018.

Corroborando o que foi dito pela Federação paulista, o mencionado levantamento feito pelo Sicoob demonstra ainda que, durante 2020, os cooperados PJ economizaram R$ 965,5 milhões com as tarifas de manutenção de suas contas, tendo em vista que a instituição opera com o valor de aproximadamente R$ 60 mensais, enquanto, no conjunto do SFN, o custo gira em torno de R$ 155.

Vale dizer ainda que a ideia de que 'ter em conta em cooperativa ajuda a economizar' também é válida para os empresários do agro, desde os agricultores familiares e pequenos produtores até os produtores rurais de grande porte.

Aliás, você sabia que o Sicoob é um dos maiores financiadores privados do agronegócio em todo o país?

Leia também Enquanto bancos fecham agências, cooperativas abrem

O que dizem os especialistas

Durante o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo 2021, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, deixou claro:

“As sociedades cooperativas oferecem serviços financeiros a um valor mais acessível, promovendo a concorrência no Sistema Financeiro, contribuindo para a diminuição de taxas de juros e para a eficiência como um todo."

O diretor executivo de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob, Ênio Meinen, explica:

“Como o usuário dos serviços é também o dono do empreendimento cooperativo, não há porque a margem de contribuição ser expressiva, pois no final o resultado pertence ao próprio cooperado (cliente e proprietário)”.

O executivo comenta, ainda, que “a economia com tarifas e juros mais o excedente contábil anual, também compartilhado entre os cooperados, ao lado de benefícios sociais coletivos, compõem o chamado Ganho Cooperativo Agregado, exclusividade desse modelo de negócio”.

Além disso, em seus apontamentos, Campos Neto fez questão de afirmar que, nas cooperativas, “o resultado financeiro de suas atividades é rateado entre os cooperados e os ganhos voltam para as comunidades em que os associados e as cooperativas estão inseridos, beneficiando tanto as cooperativas quanto a comunidade local.”

Essas são algumas das razões pelas quais o BC tem entre suas metas até o próximo ano a de incentivar a expansão do cooperativismo financeiro pelo país.

Sobre o tema, Ênio Meinen comenta: “As cooperativas financeiras, que dispõem de um portfólio operacional completo e praticam preços realmente atrativos, são atores importantes na oferta de soluções de natureza bancária e equivalentes, contribuindo para a melhoria da competitividade no Sistema Financeiro Nacional e a prosperidade nos territórios assistidos. Ou seja, com mais protagonismo cooperativo, ganham os próprios cooperados, ganham os clientes dos bancos e das fintechs e ganham as comunidades.”

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