“O crédito é o combustível para as micro e pequenas empresas e nossa batalha é desburocratizar o acesso e conseguir melhores taxas de juros para elas.” A afirmação do presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, resume bem o objetivo do recente acordo de cooperação técnica entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Com ações de acesso a financiamentos, de garantia de crédito e de orientação empresarial, mais de 280 mil empresas de micro e pequeno porte poderão ser beneficiadas.
A intenção do acordo é unir esforços das duas instituições: os recursos oferecidos pelo BNDES e a rede de relacionamento do Sebrae, entidade que ainda possui comprovada experiência na orientação empresarial para aceleração de negócios, principalmente de micro e pequeno porte.
Dados do Banco Central do Brasil comprovam que vêm caindo, nos últimos quatro anos, as concessões de crédito de instituições financeiras públicas e privadas para empresas de pequeno porte. Entre 2014 e 2017, a redução foi de 29% para pequenas empresas e de 33% entre os microempresários.
Pesquisa do Sebrae demonstra que, para 47% dos empresários, a redução nas taxas de juros seria o maior facilitador para financiamentos. Para outros 27% dos pesquisados, a diminuição da burocracia seria a principal sugestão.
O mesmo levantamento ainda aponta que 83% dos pequenos negócios não recorreram a empréstimos bancários em 2016 – porcentagem 10% superior à de 2015.
De acordo com o presidente do Sebrae, “o custo do dinheiro, a burocracia e a exigência excessiva de garantias pelos bancos fazem com que os empreendedores busquem outras fontes para financiar seus negócios”. Como alternativa, a maioria negocia prazo de pagamento com fornecedores (52%), mas há também os que usam o cheque pré-datado (27%) ou o cheque especial (20%) e o cartão de crédito empresarial (21%).
Diante de tais fatos, ganha destaque a alteração das Políticas Operacionais do BNDES, regulando o critério de classificação dos pequenos negócios proporcionalmente aos novos limites de faturamento definidos para micro e pequenas empresas (até R$ 360 mil/ano para micro e até R$ 4,8 milhões/ano para as de pequeno porte).
Soma-se a isso o aumento do limite de faturamento também para Microempreendedores Individuais (MEI), de R$ 60 mil/ano para R$ 81 mil/ano.
Assim, amplia-se o público que pode ser beneficiado pelo acordo de cooperação técnica entre o BNDES e o Sebrae, abrangendo todos os donos de micro e pequenos negócios, assim como os microempreendedores individuais formalizados.
Com o objetivo de desburocratizar o acesso ao crédito, o acordo entre BNDES e Sebrae inclui a meta de reduzir a intermediação financeira entre os grandes bancos e os pequenos negócios, incluindo o apoio das fintechs (empresas – em geral, startups – que unem finanças e tecnologia).
Dessa forma, foi lançado o Canal do Desenvolvedor MPME – uma ferramenta online que agrega as fintechs e permite o contato direto entre os micro e pequenos empreendedores e o BNDES.
Para o diretor do BNDES, Ricardo Luiz de Souza Ramos, “essa ferramenta dá mais poder ao empreendedor na negociação de melhores condições de financiamento para desenvolver o seu negócio. Além disso, responde à necessidade de modernização do modelo de negócios do BNDES no atendimento às MPEs, com maior rapidez, simplicidade, proximidade e transparência”.
O plano de trabalho do acordo de cooperação firmado, inclui ainda a orientação e capacitação de empreendedores para acesso ao crédito, além da oferta de oficinas, cursos e seminários sobre o tema.
Para quem está procurando um empréstimo ou financiamento com melhores condições, a cooperação técnica entre o BNDES e o Sebrae é uma ótima notícia. De qualquer forma, também é válido considerar outra opção: as cooperativas financeiras.
As instituições cooperativas desse ramo são parte do Sistema Financeiro Nacional e oferecem serviços e produtos financeiros similares aos de bancos comuns (inclusive contas para pessoas jurídicas). Só que, em uma cooperativa, você é um dos donos do negócio (um associado com uma ou mais cotas de participação).
Ou seja, você pode participar das decisões democraticamente e também das sobras (que correspondem ao lucro) da instituição. Isso porque as cooperativas não têm fins lucrativos e repartem as sobras com todos os associados conforme suas participações.
Além de tudo, por não visarem lucro, as cooperativas conseguem cobrar taxas de juros bem menores que os bancos comuns. E como você é um associado, o acesso ao crédito pode ser muito mais facilitado.
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