Você já ouviu falar sobre a Quarta Revolução Industrial? Sabia que é ela que dá origem à Indústria 4.0? E não se trata de ficção científica, não. Esse processo já começou e promete ter um impacto bastante profundo em nossa sociedade. Além disso, a cooperação está na essência dessa revolução. Veja só:
1ª Revolução Industrial
⚙Mecânica
Máquinas a vapor / Produção em massa
2ª Revolução Industrial
🔌Elétrica
Máquinas, equipamentos e aparelhos elétricos e eletroeletrônicos
3ª Revolução Industrial
🖥Revolução Digital / Automação
Tecnologia da Informação
4ª Revolução Industrial
⚛Cooperação de meios físico + digital + biológico
Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Sistemas ciber-físicos, etc.
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A Primeira Revolução Industrial ocorreu no período entre 1760 até aproximadamente 1820 ou 1840. Ou seja, levou cerca de 60 anos para concretizar-se de fato. A Segunda Revolução Industrial foi 1850-1870 a 1939-1945. E a Terceira Revolução, já ultrapassada por alguns países, em outros, ainda encontra-se em vias de desenvolvimento.
Quer saber o que falta para chegar à quarta revolução industrial? Ou entender como está a realidade brasileira frente a essas novas tendências? Então, acompanhe e saiba mais sobre a Indústria 4.0 e o que o cooperativismo tem a ver com essa revolução.
A quarta revolução industrial compreende um conjunto de tecnologias que permitem a integração entre os mundos físico, digital e biológico, já que a Indústria 4.0 pressupõe exatamente a cooperação entre esses diferentes meios.
Entre as tecnologias que impulsionam a Indústria 4.0 podemos começar, então, citando uma que já está se tornando conhecida no Brasil: a impressão 3D ou manufatura aditiva. A exemplo deste, outros processos de informatização da produção devem seguir se popularizando pelo país e por todo o mundo.
Outros destaques da Indústria 4.0 são: a Robótica, a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas (conexão online de objetos físicos como carros, por exemplo).
Inovações como essas devem favorecer a criação de sistemas ciber-físicos (que integram o mundo físico e digital), com influência também da Biologia Sintética – que recria artificialmente sistemas biológicos existentes.
Quer dizer, a quarta revolução industrial admite que homens e máquinas trabalhem de forma integrada digitalmente, trazendo inúmeras oportunidades, com a criação de fábricas inteligentes que podem representar a melhoria das condições de trabalho, o aumento da produtividade e a agregação de valor, entre outros avanços.
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De forma geral, a indústria brasileira ainda encontra-se em fase de aplicação da automação, por meio da eletrônica, da robótica e da programação. O consenso entre especialistas é que a indústria nacional vive, em grande parte, a transição da Indústria 2.0 para a Indústria 3.0.
Só para se ter uma ideia, a defasagem do Brasil em relação à Alemanha, no que diz respeito à densidade robótica, é de aproximadamente 165 mil robôs industriais.
A boa notícia é que o país possui um bom potencial para modernizar sua indústria, como mostra o mais recente relatório do Fórum Econômico Mundial (Readiness for the Future of Production Report 2018 – WEF), que classifica o Brasil na 41ª posição em termos de estrutura de produção e na 47ª posição em relação aos vetores de produção da indústria.
De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a implantação da Indústria 4.0 no país deve ter impactos na produtividade, no controle sobre o processo produtivo e na customização da produção.
Além disso, com ganhos de eficiência e redução no consumo de energia e nos gastos de manutenção, a estimativa é de uma economia total de R$ 73 bilhões/ano em todo o país. Agora, para que essas expectativas tornem-se realidade, temos que levar a cooperação a um outro patamar. Confira:
Desde junho de 2017, o Ministério nacional do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) instituiu o Grupo de Trabalho da Indústria 4.0 (GTI 4.0), integrado por mais de 50 instituições entre públicas, privadas e da sociedade civil, para discutir temas pertinentes à implantação da quarta revolução industrial no país.
O GTI 4.0 já estruturou, inclusive, a Agenda Brasileira para Indústria 4.0, definindo etapas e metas para contribuir com a transformação do setor industrial nacional e sua efetiva modernização.
Agora, o que chama a atenção nessa jornada da indústria para o 4.0 é exatamente a ênfase na cooperação. Afinal, para chegar à quarta revolução industrial é necessário saber fazer boas parcerias tecnológicas e alianças estratégicas, reunir talentos com interesses comuns e fazer com que os sistemas físicos, digitais e humanos trabalhem de forma mais colaborativa.
No caso das instituições cooperativas, particularmente, essa transição para a Indústria 4.0 pode ainda ser favorecida por uma visão mais abrangente da própria cooperação, entendendo que o esforço conjunto de homens, máquinas e sistemas pode revolucionar o desenvolvimento da nossa indústria.
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