Pokémon GO e o empreendedorismo

7 lições que o novo fenômeno tem a ensinar aos empreendedores.

Guia de Bolso | 12 de setembro de 2016
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Desde seu lançamento, em 5 de julho, o jogo Pokémon GO já se tornou um fenômeno mundial. Já na primeira semana, o número de usuários ativos do jogo superou os de aplicativos como Twitter e Tinder. As ações da Nintendo (uma das criadoras) tiveram valorização excepcional. E o sucesso da empreitada vem se mantendo com a liberação do game para outros países.

Mesmo quem não é fã dos monstrinhos pokémons acaba por reconhecer que o jogo merece mérito pelos resultados que tem alcançado. Afinal, os criadores e distribuidores do Pokémon GO, com certeza, acertaram em várias de suas estratégias.

Confira, então, as lições que empresários e empreendedores podem extrair desse fenômeno e aplicar em seu dia a dia para ter mais sucesso:

1 - O persistente morreu de velho

Sabia que o primeiro jogo de videogame de Pokémon foi lançado em 1996 para o Game Boy? O novo jogo - Pokémon GO - é, na verdade, uma mostra de persistência da Nintendo.

Aliás, a própria história da empresa demonstra essa persistência. Quando foi criada, há 127 anos, a Nintendo fabricava cartas. Depois, entrou para o mundo dos jogos eletrônicos e permaneceu líder de mercado com seus videogames por cerca de 20 anos. Até ser ultrapassada pela Sony, na época do lançamento do PlayStation.

Mas a Nintendo não desistiu e lançou, posteriormente, o Wii (jogo com sensores de movimento), voltando então à liderança. Em 2015, porém, o lucro da empresa tornou a cair consideravelmente. Só que desde julho deste ano, com o lançamento do Pokémon GO, os números da empresa tem melhorado novamente. Para se ter uma noção, em um único dia, as ações da Nintendo já chegaram a ter valorização de 25%.

Provas de que persistir pode valer a pena. Lembrando que persistir é diferente de insistir. Afinal, é muito importante continuar tentando, mas em vez de insistir nas mesmas estratégias e caminhos, pode ser mais interessante - como nos mostra o exemplo da Nintendo - persistir por novos meios e de novos modos.

2 - Diga-me com que parceiros andas e eu te direi quem és

Além da Nintendo, a Pokémon Company - que cria, fabrica e distribui os jogos - é formada pra Game Freaks e pela Creatures.

Mesmo com ampla experiência em games, o grupo decidiu, recentemente, firmar uma parceria com a Niantic, uma startup focada em jogos de realidade aumentada.

O jogo Pokémon GO nasceu exatamente a partir dessa parceria entre a Pokémon Company e a Niantic, aproveitando-se da especialização da nova parceira.

Às vezes, fazer uma boa parceria, sabendo servir-se das particularidades de cada uma dos envolvidos, pode ser a chave para o sucesso.

3 - Quem inova primeiro inova melhor

A realidade aumentada é uma tecnologia que já existe há alguns anos, mas suas utilizações ainda não eram suficientemente amplas, ou seja, era uma tecnologia que ainda estava tentando se firmar no mercado, por assim dizer.

O jogo Pokémon GO aproveitou-se dessa inovação. A ideia do game é exatamente inserir elementos virtuais (os pokémons) em ambientes reais. Assim, o jogador anda pelas ruas e usa a câmera de seu telefone para encontrar pokémons, que se integram às cenas reais observadas pela câmera. Ou seja, na visão do jogador, as personagens virtuais agem dentro da “realidade”, do mundo físico.

O sucesso alcançado pelo jogo demonstra a importância de estar atento às novas tecnologias, bem informado e com a mente aberta para inovar. Aliás, o próximo tópico é sobre isso:

4 - As últimas tendências serão as primeiras

Se inovar é uma das estratégias para o sucesso, certamente, ficar de olho nas últimas tendências é uma das primeiras atitudes a se tomar.

O jogo Pokémon GO também é um bom exemplo disso. A começar pela utilização do mobile, tendência cada vez mais em alta, já há alguns anos. Certamente, aproveitar-se da disponibilidade e do acesso cada vez maiores aos dispositivos móveis foi um dos fatores que contribuiu para que o game se tornasse um fenômeno tão rapidamente.

Outra tendência que o jogo dos monstrinhos utiliza é o modelo de monetização. Quer dizer, o download do jogo é gratuito. Mas é possível fazer (e são incentivadas) compras dentro do aplicativo.

5 - Há emoções que vêm para o bem

Outro fator de sucesso do Pokémon GO é que ele desperta nostalgia em grande parte de seu público. Afinal, o jogo é inspirado no desenho animado Pokémon, que virou febre nos anos 90. Ou seja, para muitos fãs, o novo jogo pode representar boas lembranças da infância ou pré-adolescência.

Refletir sobre as emoções que seus produtos ou serviços geram no consumidor pode ser uma bom princípio para compreender melhor seu público e, assim, traçar planos e estratégias mais eficazes.

6 - Com simplicidade, se vai ao longe

Facilitar a vida do consumidor é um princípio básico para o sucesso. Nesse sentido, o novo jogo da Pokémon Company também é certeiro. Trata-se de um jogo intuitivo. Pokémon GO não tem tutorial ou manual de instruções e é extremamente simples de jogar.

Inovação não tem que significar dificuldade ou complexidade. Pelo contrário, em geral, quanto mais simples é uma solução, mais brilhante ela costuma ser. Pense nisso.

7 - Quem semeia online também colhe offline

Em vez de contrapor os universos online e offline, o jogo Pokémon GO acaba integrando os dois. A própria realidade aumentada já cria um envolvimento do virtual com o real. Mas a interação vai além disso. É possível usar o Pokémon GO para atrair potenciais clientes para uma loja física, por exemplo. Entenda:

Um dos locais criados no mapa virtual do jogo é o PokeStop, uma espécie de parada de pokémons que pode concentrar um monte desses monstrinhos. Se o seu estabelecimento comercial é um PokeStop ou fica perto de um, você pode adquirir “Lure Modules”, itens que atraem mais pokémons para o local, atraindo também seus caçadores (clientes em potencial do seu negócio).

A integração tem sido lucrativa não apenas para a Pokémon Company, como também tem sido vista como oportunidade por diversos estabelecimentos. E em última instância, o caso ainda demonstra que online e offline não são mais realidades opostas, mas deveriam sim ser vistos como complementares, cada um com seu alcance e com seu objetivo.

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