Desempregado, mas com as contas em ordem

9 dicas para administrar melhor seu dinheiro até conseguir um emprego.

Guia de Bolso | 11 de abril de 2016
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A recessão econômica tem elevado o índice de desemprego no Brasil. Só no ano passado, as demissões superaram em 1,5 milhões as contratações. Além disso, segundo estimativa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), o tempo para conseguir uma recolocação também tem aumentado; atualmente, um brasileiro que fica desempregado pode demorar cerca de oito meses para conseguir uma nova vaga.

A boa notícia é que, com um bom planejamento e atenção a alguns detalhes, é possível manter as contas sob controle até conseguir um novo emprego. Quer ver como? Acompanhe:

1- O momento é de prevenção

Dizem que prevenção nunca é demais. E isso também vale pra poupança. A propósito, atualmente, mesmo quem está empregado precisa ficar atento à situação econômica do país e começar a se prevenir. Com um quadro de recessão, desemprego crescente e maior dificuldade de recolocação no mercado, quem tem um emprego não pode deixar de fazer uma reserva financeira para emergências.

Para tanto, o ideal é ir poupando uma porcentagem do que se ganha por mês (pelo menos uns 10%). E se você achar difícil fazer isso, pode ficar de olho nas dicas a seguir (3 a 9) para saber como economizar.

2 - Ficou desempregado? Comece se conscientizando

Para quem perdeu o emprego, a primeira dica é se conscientizar da sua real situação. Em momentos como esse, pode ser necessário fazer uma revisão do seu estilo de vida e abrir mão de alguns confortos.

Se você tiver se preparado com antecedência e puder contar com alguma reserva financeira, talvez esse momento possa ser encarado com mais tranquilidade. Mas se você tiver dívidas pendentes ou caso não tenha nenhum dinheiro poupado, pode acabar enfrentando mais dificuldades.

Reflita sobre sua situação financeira, sendo realista consigo mesmo e tomando consciência de que poderá ter que fazer algumas concessões e adaptações em seus hábitos e em seu estilo de vida.

3 - Revise seus gastos e suas prioridades

É hora de fazer as contas. Comece a registrar tudo e organizar suas finanças:

- Você tem dívidas? Ou tem algum dinheiro poupado?

- Quanto dinheiro você precisa por mês para se manter com seu estilo de vida atual?

- Quais são suas prioridades financeiras? Há pessoas que dependem de você, marido/esposa, filhos, etc.? Você tem financiamentos em seu nome? Está juntando dinheiro para realizar um sonho?

- Quais são seus gastos essenciais (alimentos, água, luz, aluguel, etc.)?

- Quais são seus gastos contornáveis (academia, restaurante, TV a cabo, Internet, etc.)?

- Quais são os gastos dispensáveis que costuma ter (consumos por impulso, baladas, segundo celular, etc.)?

- Você tem uma margem de reserva que lhe permita viver por alguns meses sem precisar de uma renda? Se sim, por quantos meses?

Reflita sobre isso, busque soluções e mantenha um acompanhamento constante de suas finanças para não perder as contas.

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4 - Renegocie dívidas pendentes

Se você tem dívidas, comece descobrindo o tamanho do problema: liste-as, incluindo valor e número de parcelas. Em seguida, veja em que casos é possível negociar os pagamentos com juros mais baixos.

Considere, também, a possibilidade de trocar várias dívidas por uma menor. Por exemplo, se você tem dívidas no cheque especial e no crédito rotativo do cartão (que possuem alta taxa de juros) pode buscar uma linha de crédito com taxa inferior (como o crédito consignado e, em alguns casos, o empréstimo pessoal).

A partir daí, o recomendável é replanejar seu orçamento, acompanhando-o com rigor, economizando pelo menos 15% dos seus ganhos para saldar os compromissos.

5 - Prefira pagar à vista

Sem a garantia de uma renda mensal, tudo que você menos quer agora é uma nova dívida. Portanto, evite parcelar compras. Gaste apenas o que tem. Sempre que possível, pague à vista. E se não for possível, reveja a necessidade da compra. Não seria melhor esperar seu primeiro salário para realizá-la? Repense e só parcele se for indispensável.

6 - Reduza seus gastos fixos

Analise quais gastos podem ser considerados essenciais para você e sua família, como aluguel, água, luz, alimentação, saúde, etc. Registre tudo para saber quanto costuma(m) gastar e ter melhor noção de como é possível economizar.

Não seria interessante fazer um esforço para reduzir as contas de água e energia? Será que não seria o caso de optar por um aluguel mais barato ou por um celular pré-pago? Fazer uma horta em casa não viria a calhar pra reduzir as compras no supermercado?

Em tempos de crise econômica, saber economizar com gastos essenciais pode ser uma boa solução.

7 - Reveja seus hábitos de transporte

Já parou para pensar que a locomoção pode ser responsável por boa parte dos seus gastos? Quem sabe seja o caso de começar a trocar o carro pelo transporte público, pelo menos algumas vezes. E se houver condições, caminhadas e deslocamentos de bicicleta também podem ser boas alternativas, que, além de ajudar a economizar, agregam ainda os benefícios do exercício físico.

8 - Corte regalias e gastos dispensáveis

Já pensou em trocar a academia por exercícios gratuitos ao ar livre? Não seria melhor comer mais em casa do que em restaurantes? Cancelar a TV a cabo e compartilhar filmes com amigos não seria uma solução mais econômica? Será que é preciso mesmo comprar agora aquele produto que você tanto quer?

Comece a pensar em questões como essas e vá cortando as despesas desnecessárias. E lembre-se que saber controlar impulsos de compra é ainda mais importante em casos como esse.

9 - Não corte todo o lazer

Cortar todo o lazer, entretenimento e diversão parecem ser as primeiras atitudes quando se quer eliminar gastos supérfluos. Mas isso pode ser frustrante. Além do mais, você precisa manter sua vida social e seus contatos (além da sua sanidade e da sua autoestima) se quiser conseguir uma recolocação profissional. Então, o ideal, na verdade, é substituir atividades de lazer caras, com alto consumo envolvido, por outras atividades mais baratas ou gratuitas.

Você pode, por exemplo, preferir reunir a família e os amigos em casa, em vez de ir a bares, restaurantes ou cinema; pode descobrir espaços públicos diferentes da cidade para passear; ou aproveitar programações culturais a preços populares. Não se tranque em casa. Dedique-se a busca de um novo emprego, mas não deixe de se divertir.

Cuidando melhor das suas contas e com a mente mais tranquila, certamente, será mais fácil encontrar uma recolocação.

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