Cooperativas de crédito driblam a crise

Com juros menores e outras vantagens, cooperativas seguem crescendo.

Vantagens da Cooperação | 15 de julho de 2016
associa a uma cooperativa
bancos e as cooperativas de crédito
Cooperando
cooperativa
desenvolvimento socioeconômico local
diferenças entre cooperativas de crédito e bancos comuns
Ser associado
taxas de juros menores
Cooperativas de crédito
Cooperativas de crédito

Mesmo com o país em recessão e com toda instabilidade política, as cooperativas de crédito estão conseguindo passar à margem da crise. Há dados que comprovam que o modelo cooperativista tem, inclusive, se expandido pelo país, crescendo em número de associados e em volume de depósitos. Já os bancos comuns, não seguem a mesma tendência. Quer entender por que isso acontece? Então, acompanhe:

Quais as principais diferenças entre cooperativas de crédito e bancos comuns?

Cooperativas de crédito costumam oferecer praticamente os mesmos produtos e serviços financeiros que os bancos comuns - contas, poupanças, cartões, pagamentos, investimentos, financiamentos, etc.

Só que, em cooperativas, todos são donos, associados à cooperativa. Ou seja, você participa das decisões da entidade, da política, tem melhor controle e ainda pode receber sobras anualmente, de acordo com suas participações.

Isso porque cooperativas não visam lucro. A ideia é, na verdade, administrar melhor o dinheiro de todos os associados, gerando mais inclusão financeira e desenvolvimento socioeconômico. E como não têm o lucro por objetivo, podem cobrar taxas bem menores que bancos comuns pelos mesmos produtos e serviços financeiros. Aliás, o próximo ponto tem tudo a ver com isso. Veja só:

A crise, os bancos e as cooperativas de crédito

No contexto atual de crise econômica e política, os bancos (públicos e privados), em geral, têm tomado medidas para se proteger, como reduzir as linhas de financiamento e seus prazos, além de elevar as taxas de juros. Dessa forma, o acesso da população a produtos e serviços financeiros diminui.

Em contrapartida, as cooperativas de crédito conseguem manter suas taxas de juros baixas e, com isso, demonstram seu potencial na promoção da inclusão financeira e no desenvolvimento das economias locais. Assim, as cooperativas vêm ganhando relevância no atual contexto socioeconômico do país.

As cooperativas continuam crescendo

Em todo Brasil, 7,8 milhões de pessoas e empresas já são associadas a cooperativas de crédito. E esse número tem aumentado a cada dia. Enquanto os grandes bancos têm registrado crescimento de 16% ao ano e bancos médios crescem cerca de 11% no período, as cooperativas de crédito têm média de crescimento anual de 20%.

De acordo com um estudo inédito realizado pela consultoria alemã Roland Berger, juntas, as quatro maiores cooperativas financeiras do país já seriam, hoje, o sexto maior banco de varejo brasileiro.

O presidente do Sicoob SC/RS Rui Schneider da Silva, comentou que os depósitos a prazo subiram 22,4% no ano passado frente a 2014. E as operações de crédito tiveram expansão de 17,2% no mesmo período. Para este ano, ainda não há dados divulgados, mas a expectativa é que o crescimento continue em ritmo similar.

Que outras vantagens existem em associar-se a uma cooperativa de crédito?

As taxas de juros menores e a oferta de crédito são alguns dos principais motivos que têm levado as pessoas a procurarem as cooperativas financeiras. Mas há ainda outras vantagens para os cooperados.

Ao se associar, com um pequeno capital (destinado à compra de cotas-partes), a pessoa ou empresa já tem acesso a juros menores e serviços mais baratos. Além disso, como associado, pode participar da gestão da instituição, ganhando poder de voto nas decisões, que são democraticamente tomadas (um voto por pessoa, independente do poder aquisitivo).

Ser associado também é uma forma de administrar melhor as finanças, tendo maior controle de políticas, regras, taxas e outros. Afinal, um associado tem o direito de participar das assembleias, votar, opinar e defender suas ideias e até pedir esclarecimentos aos conselhos de administração e/ou fiscal.

Além do mais, os associados também devem participar economicamente da cooperativa. Isso quer dizer que podem ter que entrar em rateios, em casos de prejuízos, ou podem receber sobras proporcionais às suas movimentações financeiras, anualmente.

E ainda existe a vantagem advinda do próprio modelo e de seus princípios. Quem se associa a uma cooperativa está, literalmente, cooperando, ou seja, colaborando com outros associados pela melhor administração financeira de todos e, ainda, apoiando o desenvolvimento socioeconômico local.

Gostou dessa dica? Cooperação começa por aqui, compartilhe esse conhecimento.


    Artigos que você também pode gostar