Conheça as cooperativas educacionais

Uma alternativa de ensino que está crescendo no Brasil.

Vantagens da Cooperação | 05 de julho de 2017
Cooperativas educacionais
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Com o elevado preço das escolas privadas e as carências enfrentadas pelo ensino público brasileiro, as cooperativas educacionais têm se tornado uma opção cada vez mais difundida no país.

Um dos 13 ramos cooperativos atuantes no Brasil, o cooperativismo educacional reúne pais e professores na formação de escolas em que possam ter maior participação na educação das crianças e jovens, além de oferecerem custos de mensalidades bem mais baixos que o de colégios particulares comuns.

Entenda melhor como funciona esse tipo de instituição de ensino:

– Maior participação de pais e professores

Uma cooperativa educacional pode ser formada por:

O papel da cooperativa educacional é ser mantenedora da escola, cujo funcionamento é similar ao de uma escola convencional, respeitando todas as diretrizes do MEC. Ou seja, independente da formação da cooperativa, deve haver um bom corpo docente e uma competente equipe de direção pedagógica (se preciso, de profissionais contratados).

O diferencial é que os pais (assim como os professores) têm a oportunidade de participar do conselho pedagógico da escola, ajudando a decidir qual o melhor método de ensino, quais as atividades extracurriculares mais adequadas, qual a estrutura necessária para que os alunos aprendam com qualidade, quais reformas e investimentos devem ser feitos na escola, entre outras decisões fundamentais como essas.

Além disso, esse ramo do cooperativismo promove a educação com base em valores, como a cooperação, a cidadania e o desenvolvimento da comunidade; fundamentado nos próprios princípios cooperativistas. Aliás, confira outros benefícios advindos disso:

– Sobras transformadas em melhorias

Cooperativas são instituições que não visam lucro. Assim, quando há sobras (no caso de aumento do número de matrículas, por exemplo), os preços das mensalidades podem diminuir ou o recurso pode ser revertido em melhorias para a própria instituição (em um laboratório ou uma quadra nova, por exemplo) – escolha da qual pais e professores também participam.

Como explica a presidente da Coopeimb (cooperativa educacional de Imbituba, no sul catarinense), Maria Vieira da Rosa: “Nós, pais, através de conselhos (administrativos, fiscal ético e pedagógico) e assembleias, somos os mantenedores da Coopeimb e dividimos os custos anuais entre os associados ativos”. A associada da Coopeimb, Darcionet Favarian, completa: “Como não temos o objetivo de lucro, tudo que conseguimos se transforma em melhoria”.

E a presidente Maria Vieira ainda comenta sobre o fato de os resultados de uma cooperativa educacional serem mensurados de formas diferentes de outros ramos: “Historicamente, nossos alunos conseguem excelentes colocações nos vestibulares de Santa Catarina e em outros estados, assim como no Enem”.

– O crescimento do cooperativismo educacional no Brasil

Aliando preço justo, ensino de qualidade e maior participação de pais e professores, com valores de cooperação, cidadania e desenvolvimento comunitário, o cooperativismo educacional têm se revelado uma opção cada vez mais atraente, frente às alternativas convencionais de ensino.

Em todo o Brasil, segundo a OCB, já existem mais de 300 cooperativas educacionais, reunindo mais de 60 mil associados. Só em Santa Catarina, há mais de 10 cooperativas do ramo. E no Rio Grande do Sul são cerca de 20.

Esses números representam um grande avanço do cooperativismo de ensino no país em um curto período de tempo. Afinal, em 1995, o número de cooperativas educacionais brasileiras era de 106 instituições. A OCB ainda destaca que, ao longo da década de 90 foram criadas 91 cooperativas desse ramo no Brasil, contra apenas 11 criadas na década de 80.

E essa evolução tende a continuar, favorecendo a maior participação de pais e professores na preparação de alunos que tenham melhores condições de enfrentar os desafios do mundo e intervir como agentes da história.

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