Compra e venda de imóveis: a hora é boa ou ruim?

Descubra qual a situação atual e quais as tendências do mercado imobiliário.

Guia de Bolso | 20 de abril de 2016
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Quer comprar a casa própria ou investir em imóveis? Quer saber se é mais vantajoso vender um imóvel ou alugá-lo? Então, é bom ficar atento à situação do mercado imobiliário e às tendências previstas para este e para o próximo ano. Além disso, a decisão de comprar, vender ou alugar imóveis, vai depender também da sua condição financeira. Acompanhe algumas situações possíveis: 

Situação 1 - Quer comprar a casa própria e tem dinheiro guardado?

Depois de uma longa temporada em alta, o mercado imobiliário brasileiro passa por uma fase de estagnação. E isso é bom para quem quer comprar imóveis. Entenda:

Com a crise financeira enfrentada pelo país (juros em alta, desemprego crescente e crédito restrito), a procura por imóveis vem diminuindo (em contraste com a alta oferta acumulada) e, com isso, os preços dos imóveis também têm sofrido quedas significativas. Segundo o índice FipeZap (da Federação Instituto de Pesquisas Econômicas), de janeiro de 2015 a janeiro de 2016, o preço médio do metro quadrado dos imóveis anunciados para venda no Brasil apresentou queda real de 8,71%, sendo que todas as 20 cidades monitoradas pelo levantamento registraram variação de preços inferior à inflação anual.

Ou seja, o preço dos imóveis está menor. Então, se você tem dinheiro para pagar à vista e deseja investir na compra da casa própria ou do seu próprio estabelecimento comercial, esse pode ser um bom momento para isso.

Mas especialistas alertam: este ano, o mercado ainda tem espaço para baixar mais os preços. Então, se não tiver urgência na compra, pode compensar ter paciência até conseguir um preço melhor, que se encaixe em suas economias. Em compensação, em meados de 2017, a tendência é que as construtoras comecem a ajustar-se à demanda menor e os preços voltem a subir. Planeje-se.

Situação 2 - Quer comprar a casa própria, mas precisa de financiamento?

Ter dinheiro para fazer a compra à vista é o ideal, sem ter que se preocupar com pagamentos de empréstimos e taxas de juros. Mas a realidade pode ser bem diferente disso, principalmente em tempos de crise. Portanto, analise bem a situação.

Se por um lado, os preços estão convidativos, por outro, as condições de financiamento têm se tornado mais difíceis. Os principais bancos privados brasileiros elevaram suas taxas de juros repetidas vezes no último ano. Além disso, a Caixa Econômica Federal, principal concessora de crédito imobiliário do país, mudou suas regras, exigindo agora uma entrada maior no caso da compra de imóveis usados.

Além dessa maior dificuldade de acesso ao crédito imobiliário, a instabilidade econômica e política do país eleva as preocupações na hora de comprometer-se com um financiamento de longo prazo. Antes de gastar tudo que tem na compra de um imóvel atrelado a um financiamento, é preciso pensar no futuro e garantir-se financeiramente para imprevistos.

O ideal é ter dinheiro para dar, pelo menos, 50% do valor total do imóvel como entrada e não comprometer mais do que 30% da sua renda com a prestação do financiamento. Aliás, quanto mais você conseguir reduzir o valor a ser financiado e o prazo do financiamento, melhor. Para isso, uma opção interessante pode ser alugar um imóvel mais em conta e ir poupando todo mês para juntar um valor maior de entrada.

Situação 3 - Quer vender ou alugar um imóvel? 

Enquanto a situação para quem quer comprar imóveis é favorável, quem deseja vender imóveis tem que ficar atento.

Como os preços do mercado imobiliário são ditados pelos valores praticados pelas construtoras, os imóveis usados vendidos por pessoas físicas também estão valendo menos e os vendedores tendem a fazer piores negócios no momento atual. O professor João Rocha Lima, da Escola Politécnica da USP orienta: “Se a pessoa precisar vender, não tem jeito, mas se ela puder esperar o mercado se recuperar é melhor”.

Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, ainda comenta: “O mercado imobiliário tem uma característica muito particular: ele não deixa de existir e não fica totalmente paralisado. O que acontece em momentos como este é que o preço sofre uma acomodação, já que com mais dificuldades para vender, as construtoras oferecem descontos”.

Dependendo da oferta, alugar o imóvel pode ser uma alternativa. O aluguel imobiliário rende em torno de 6% ao ano (a porcentagem é inferior a de alguns outros investimentos, mas ainda pode ser vantajosa para quem está com as economias empenhadas no imóvel). E com as restrições ao crédito imobiliário, alugar pode acabar sendo mais fácil do que vender o bem, no momento. Uma estratégia interessante pode ser alugar o imóvel enquanto os preços de venda não aumentam e tentar vendê-lo futuramente quando a economia melhorar e o mercado voltar a aquecer. Avalie.

Situação 4 - Quer fazer seu dinheiro render e está pensando em investir em imóveis?

A expectativa de imóveis com preços menores em 2016 apresenta-se como uma boa oportunidade para quem tem dinheiro para investir. O titular da Poli-USP explica que, quando a economia se recuperar, “as empresas podem demorar a retomar sua capacidade de produção, o que pode gerar escassez de oferta. O investidor que enxergar isso e conseguir investir em um imóvel agora pode conseguir vendê-lo por um bom valor lá para o final de 2017, em um cenário pós-crise”.

Mas é bom lembrar que imóveis são investimentos de longo prazo. Para quem precisa de mais liquidez, investir em títulos de renda fixa pode ser uma alternativa melhor, além de uma aplicação segura e, em alguns casos, mais rentável. Nesse caso, boas opções a se analisar são os títulos do Tesouro Direto, principalmente os indexados à taxa Selic e os RDCs - recibos de depósitos cooperativos. Saiba mais sobre o RDC aqui.

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